Thymelaeaceae

Funifera brasiliensis (Raddi) Mansf.

Como citar:

Fernanda Ribeiro de Mello Fraga; undefined. 2023. Funifera brasiliensis (Thymelaeaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

NT

EOO:

3.883,33 Km2

AOO:

92,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Rossi, 2022), com distribuição: no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Duque de Caxias, Guapimirim, Magé, Niterói, Nova Iguaçu, Petrópolis, Rio de Janeiro e Silva Jardim.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2023
Avaliador: Fernanda Ribeiro de Mello Fraga
Revisor:
Critério: B1b(i,iii)+2b(i,iii)
Categoria: NT
Justificativa:

A espécie é descrita como árvore ou arbusto, hermafrodita, sem usos ou potencial econômico. É endêmica do Rio de Janeiro, onde se distribui num total de 8 municípios. Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila. Devido a ausência de estudos sobre tendências populacionais e análises quantitativas, a espécie pode ser avaliada apenas pelo critério B (distribuição geográfica). Apresenta 85 registros de ocorrência, distribuídos numa extensão de ocorrência (EOO) igual a 3397 km², ocupando uma área (AOO) de 84 km². A conversão de habitat em áreas de pastagem, principal ameaça para a espécie, foi registrada nos municípios de Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Magé (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Silva Jardim (RJ), e é responsável pela redução de 16,90% da EOO. A espécie apresenta cerca de 12 subpopulações, 6 delas inseridas em áreas protegidas. Como as Unidades de Conservação são, em sua maioria, abertas à visitação, se projeta eventual perda de qualidade de habitat. Assim, infere-se um total de 12 localidades condicionadas à ameaça, o que impede o uso do subcritério a. Como os valores reduzidos de EOO e AOO, e a projeção de declínio contínuo de qualidade de habitat (subcriterio biii), indicariam categorias mais severas (EN e VU), atualmente é possível enquadrar a espécie na categoria Quase Ameaçada - NT.

Possivelmente extinta? Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2017 VU

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Kulturpflanze, Beih. 2: 299, 1959.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree, bush
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Fitofisionomia:
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest
Detalhes: Árvore ou arbusto de altura não registrada. Ocorre no seguinte domínio e vegetação: Mata Atlântica em Floresta Ombrófila (Rossi, 2022).
Referências:
  1. Rossi, L., 2022. Thymelaeaceae. Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB14952 (acesso em 16 de novembro de 2022)

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat,occurrence past,present,future regional low
De acordo com o MapBiomas, os municípios Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Magé (RJ), Niterói (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ) e Rio de Janeiro (RJ) possuem, respectivamente, 31,77% (14847,51ha), 5,57% (1996,61ha), 16,26% (6354,03ha), 52,28% (6992,7ha), 25,05% (13041,85ha), 6,19% (4898,19ha) e 55,67% (66823,85ha) de seus territórios convertidos em áreas de infraestrutura urbana, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 19,91% (1.592,66 ha) da sua AOO convertidos em áreas de infraestrutura urbana, atividade que cresce a uma taxa de 0,17% aa desde 1985 até 2020. Não foi verificada qualquer reversão de tendência. Em 2020, a espécie apresentava 28,59% (97.145,43 ha) da sua EOO convertidos em áreas de infraestrutura urbana, atividade que cresce a uma taxa de 0,35% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2000 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,45% aa (MapBiomas, 2022b).
Referências:
  1. MapBiomas, 2022a. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2020. Municípios: Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Magé (RJ), Niterói (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ) e Rio de Janeiro (RJ). URL https://drive.google.com/file/d/1RT7J2jS6LKyISM49ctfRO31ynJZXX_TY/view?usp=sharing (acesso em 18 de novembro de 2022).
  2. MapBiomas, 2022b. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 18 de novembro de 2022).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat,occurrence past,present,future regional low
Em 2020, a espécie apresentava 12,11% (41.147,67 ha) da sua EOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,32% aa desde 1985 até 2020. Não foi verificada qualquer reversão de tendência (MapBiomas, 2022).
Referências:
  1. MapBiomas, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 18 de novembro de 2022).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat,occurrence past,present,future regional low
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Magé (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Silva Jardim (RJ) possuem, respectivamente, 13,58% (6348,02ha), 24% (8603,63ha), 13,97% (5458,3ha), 17,98% (9358,63ha), 16,43% (12999,8ha), 8,39% (10075,94ha) e 39,81% (37329ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022). De acordo com o MapBiomas, os municípios Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Magé (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Silva Jardim (RJ) possuem, respectivamente, 11,52% (5382,61ha), 22,51% (8069,66ha), 11,99% (4686,93ha), 15,15% (7887,48ha), 15,08% (11933,75ha), 5,11% (6139,13ha) e 38,05% (35680,32ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 16,90% (57.433,12 ha) da sua EOO convertidos em áreas de pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,11% aa desde 1985 até 2020. Não foi verificada qualquer reversão de tendência. Em 2020, a espécie apresentava 12,11% (41.147,67 ha) da sua EOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,32% aa desde 1985 até 2020. Não foi verificada qualquer reversão de tendência (MapBiomas, 2022b).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2022. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2020. Municípios: Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Magé (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Silva Jardim (RJ). URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 18 de novembro de 2022).
  2. MapBiomas, 2022a. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2020. Municípios: Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Magé (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Silva Jardim (RJ). URL https://drive.google.com/file/d/1RT7J2jS6LKyISM49ctfRO31ynJZXX_TY/view?usp=sharing (acesso em 18 de novembro de 2022).
  3. MapBiomas, 2022b. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 18 de novembro de 2022).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental da Pedra Branca, Área de Proteção Ambiental de Gericinó/Mendanha, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Área de Proteção Ambiental dos Morros da Babilônia e de São João, Parque Estadual do Mendanha, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Parque Nacional da Tijuca, Parque Natural Municipal da Cidade, Parque Natural Municipal da Serra do Mendanha, Parque Natural Municipal Paisagem Carioca, Refúgio de Vida Silvestre da Serra da Estrela, Reserva Biológica de Poço das Antas e Reserva Biológica do Tinguá.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.